A fusão de cerca de R$ 350 bilhões entre Nissan e Honda, que prometia criar a terceira maior montadora do mundo, foi cancelada. As empresas anunciaram o fim do acordo e descartaram uma colaboração tripla com a Mitsubishi. A decisão reflete divergências sobre a estrutura de controle, com a Honda desejando ser a empresa controladora, o que a Nissan rejeitou. A montadora japonesa agora enfrenta desafios financeiros significativos.
Desafios da Nissan após a Fusão Honda e Nissan cancelada
O cancelamento da fusão é um golpe para a Nissan, que já enfrenta dificuldades financeiras. A empresa está em meio a um plano de recuperação que inclui cortes de 9.000 funcionários e redução de 20% na capacidade global. Além disso, a Nissan planeja vender 10% de suas ações na Mitsubishi e atrasar o lançamento de novos modelos.
Com a fusão cancelada, a Nissan precisa encontrar maneiras de superar sua crise sem ajuda externa. Um executivo da empresa afirmou que há uma contagem regressiva, com apenas 12 a 14 meses para mudar o rumo e garantir a sobrevivência. A meta é cortar R$ 15 bilhões por meio de reduções de pessoal e medidas de eficiência de produção.
Essas medidas incluem a redução do tempo de desenvolvimento de novos veículos, simplificação das linhas de produtos, produção de peças menos complicadas e corte de ineficiências na cadeia de suprimentos. No entanto, apenas cortar custos pode não ser suficiente para garantir a sobrevivência a longo prazo.
Possíveis Caminhos para a Nissan
Apesar das dificuldades, a Nissan pode ter encontrado uma solução com a Hon Hai Precision Industry, conhecida como Foxconn. A empresa taiwanesa, responsável pela fabricação do iPhone, manifestou interesse em adquirir a Nissan, especialmente no setor de carros elétricos. Essa investida fez com que as ações da Nissan subissem 6%.
A Foxconn já havia tentado investir na Nissan em 2024, mas a negociação foi interrompida pela aproximação entre Honda e Nissan. Agora, com a fusão cancelada, a Foxconn vê uma oportunidade de entrar no mercado automotivo por meio da Nissan.
O CEO da Nissan, Makoto Uchida, afirmou que será difícil sobreviver sem parcerias futuras. A colaboração com a Foxconn pode ser uma luz no fim do túnel para a montadora japonesa, que busca se adaptar ao cenário automotivo em rápida mudança, especialmente em direção à eletrificação.
As japonesas Nissan e Honda divulgaram declarações semelhantes sobre o cancelamento da fusão. A Honda afirmou que as empresas exploraram opções para integração de negócios, mas tinham visões divergentes sobre como isso deveria acontecer. A Honda queria se tornar a empresa controladora, o que foi o principal ponto de desavença.
A Nissan explicou que a Honda propôs uma mudança na estrutura do acordo, inicialmente discutida como uma holding conjunta com igual voz para ambas as partes. No entanto, a Honda queria ser a empresa-mãe, o que levou a Nissan a recuar para manter sua autonomia.
Com a decisão, ambas as empresas afirmaram que priorizarão a velocidade na tomada de decisões para se adaptar ao cenário automotivo em rápida mudança. Os comunicados também mencionam uma promessa de colaboração no desenvolvimento de tecnologias para carros elétricos, incluindo a Mitsubishi.
O fracasso da fusão é um grande desafio para a Nissan, que precisa encontrar maneiras de superar sua crise financeira. A colaboração com a Foxconn pode ser uma solução viável, mas a montadora japonesa ainda enfrenta um caminho difícil pela frente.
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Foto Honda | Divulgação