Desde o início de 2025, o Brasil vive uma nova fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, conhecido como Proconve L8. Essa etapa visa reduzir a emissão de poluentes dos veículos vendidos no país, obrigando as montadoras a adotarem tecnologias mais limpas e eficientes. As mudanças já estão impactando o mercado automotivo, com ajustes em modelos populares para atender às novas normas.
Adaptações e Desafios para as Montadoras
Com a implementação do Proconve L8, todas as montadoras precisam ajustar seus veículos à nova legislação, que impõe exigências mais rigorosas para a emissão de gases poluentes. Modelos como o Jeep Renegade, Compass e Commander, da Stellantis, já passaram por alterações no motor 1.3 turbo, resultando em perda de potência. O Fiat Fastback também foi afetado pelas novas regras.
A Chevrolet, por sua vez, adotou a injeção direta de combustível nos modelos Tracker e Montana. Outras montadoras devem seguir o mesmo caminho até o final do ano, especialmente para os modelos 2025/2025. Apesar das novas regras, as montadoras têm até 31 de março de 2025 para vender veículos fabricados até 31 de dezembro de 2024, que ainda seguem as normas do Proconve L7.
Para os consumidores, essa pode ser uma oportunidade de adquirir carros com motorizações antigas a preços mais vantajosos, já que as montadoras podem oferecer descontos para escoar o estoque antes do prazo final.
Impacto nos Carros Híbridos e Limites de Emissões
A introdução de modelos híbridos-leves, como o Pulse e o Fastback Hybrid, marcou o início das grandes mudanças necessárias para cumprir as novas regras do Proconve L8. No entanto, essas alterações geraram controvérsias, pois algumas medidas não tiveram impacto imediato, como a manutenção da potência em certas versões de carros.
O Fiat Fastback Abarth, por exemplo, manteve os 185 cv do motor 1.3 turbo, mesmo após as novas regulamentações. Isso se deve ao fato de que, a partir de 2025, a medição das emissões será baseada na média do modelo, e não individualmente por versão. Assim, a introdução de versões híbridas no Fastback ajudou a equilibrar a média de emissões.
Por outro lado, modelos como o Jeep Renegade perderam potência em todas as versões, pois não contam com versões híbridas para compensar as emissões. A Hyundai também ajustou os modelos Creta e HB20 com motor 1.0 turbo, que perderam potência quando abastecidos com gasolina, mas mantiveram bom desempenho com etanol.
Novas Exigências e Oportunidades no Mercado
O Proconve L8 foca na redução das emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) e gases orgânicos não-metano (NMOG). As novas normas estabelecem um limite de emissões de NOx de 50 mg/km no primeiro ciclo da fase L8, uma redução significativa em relação ao limite anterior de 80 mg/km. Esse limite será reduzido para 40 mg/km em 2027 e 30 mg/km em 2029.
Além disso, as regras se tornaram mais rígidas quanto à evaporação de gases do tanque de combustível, exigindo mudanças nos sistemas de alimentação dos veículos. As montadoras enfrentam o desafio de adaptar seus veículos para atender aos novos padrões ambientais, enquanto tentam manter a competitividade no mercado.
Para os consumidores que buscam carros com menor impacto ambiental, as novas exigências representam uma oportunidade de encontrar modelos mais eficientes e menos poluentes. A adaptação das montadoras à legislação pode acelerar o lançamento de carros híbridos, elétricos e com tecnologias mais avançadas.
Em suma, a fase L8 do Proconve trouxe desafios significativos para a indústria automotiva brasileira, mas também apresenta uma oportunidade para avançar em termos de sustentabilidade e inovação tecnológica. As montadoras terão que se adaptar às novas exigências para continuar operando, e os consumidores terão à disposição uma maior oferta de veículos mais ecológicos e eficientes.
Este conteúdo foi auxiliado por IA, mas escrito e revisado por um humano.
Foto: Divulgação/Volkswagen