Nissan e Honda fusão: Negociações são descartadas

Roberto Soares

Nissan e Honda estão reconsiderando suas negociações de fusão, após divergências sobre a estrutura do acordo, que inicialmente visava criar a terceira maior montadora do mundo. A proposta de Honda para que Nissan se tornasse uma subsidiária gerou resistência, levando a uma possível suspensão das conversas. A diferença de valor de mercado entre as empresas e preocupações com o plano de recuperação da Nissan complicaram ainda mais as discussões.

Em Tóquio, as negociações entre Nissan e Honda para uma fusão enfrentam incertezas. Fontes indicam que a Nissan pode desistir do acordo, que tinha como objetivo criar a terceira maior montadora global. A proposta da Honda para que a Nissan se tornasse uma subsidiária foi um ponto de discórdia, afastando a ideia inicial de uma fusão entre iguais.

O valor de mercado da Honda, cerca de 7,92 trilhões de ienes, é significativamente maior que o da Nissan, que está em 1,44 trilhões de ienes. Essa diferença gerou preocupações na Honda sobre o progresso da Nissan em seu plano de recuperação. As ações da Nissan caíram mais de 4% na Bolsa de Valores de Tóquio, enquanto as da Honda subiram mais de 8%, refletindo o alívio dos investidores.

Ambas as empresas afirmaram que o relatório do Nikkei, que sugeria a retirada da Nissan das negociações, não se baseava em informações oficiais. Elas planejam definir uma direção futura até meados de fevereiro. A Renault, parceira de longa data da Nissan, declarou que defenderia vigorosamente os interesses do grupo, mas não confirmou o fim das negociações.

A Renault possui 36% da Nissan e já havia expressado abertura para a fusão. A possível interrupção do acordo levanta questões sobre como a Nissan, que está em meio a um plano de recuperação que inclui a redução de 9.000 funcionários e 20% da capacidade global, enfrentará sua crise sem ajuda externa.

Desafios e Perspectivas para a Nissan

A Honda é a segunda maior montadora do Japão, atrás da Toyota, enquanto a Nissan ocupa a terceira posição. Em dezembro, as duas empresas anunciaram negociações para criar a terceira maior montadora do mundo em vendas, visando fortalecer sua posição em um mercado ameaçado por concorrentes como a BYD da China e outros fabricantes de veículos elétricos.

As negociações coincidem com a possibilidade de tarifas dos EUA, propostas pelo então presidente Donald Trump. Analistas, como Vincent Sun da Morningstar, expressaram preocupações sobre o futuro da Nissan e seu plano de recuperação, destacando a maior exposição da empresa a tarifas entre EUA e México em comparação com Honda e Toyota.

A Nissan foi mais impactada que alguns concorrentes pela transição para veículos elétricos, ainda se recuperando de crises passadas, incluindo a prisão do ex-presidente Carlos Ghosn em 2018. A resistência da Nissan em se tornar uma subsidiária da Honda destaca a questão do controle, um ponto crítico nas negociações.

Inicialmente, Nissan e Honda planejavam decidir a direção da integração até o final de janeiro, mas isso foi adiado para meados de fevereiro. Fontes indicaram que a Mitsubishi Motors, parceira menor da aliança da Nissan, pode não participar da fusão.

Este conteúdo foi auxiliado por IA, mas escrito e revisado por um humano.

Via Daily Maverick

Foto de arquivo: REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Roberto Soares

Roberto é um entusiasta dedicado à tecnologia e à mobilidade, além de ser apaixonado pela escrita. Com formação em Engenharia e Gestão de Empresas, ele possui mais de 20 anos de experiência no setor automotivo.

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