A Anfavea, associação que representa as montadoras no Brasil, expressou preocupações sobre as tarifas impostas pelo governo dos EUA e seu impacto no desenvolvimento automotivo. Durante a apresentação dos resultados mensais, Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, admitiu ter subestimado a imprevisibilidade das políticas de Donald Trump, apesar de sua experiência anterior no governo.
Desafios Tarifários e a Guerra comercial automotiva
Leite destacou que as tarifas norte-americanas afetam diretamente o Brasil. Inicialmente, ele acreditava que as políticas de Trump seriam previsíveis, mas reconheceu seu erro. “As tarifas dizem respeito ao Brasil, e muito”, afirmou. O setor automotivo enfrenta desafios diários, e a incerteza é a maior preocupação.
As tarifas nos mercados da América do Norte podem prejudicar o desenvolvimento conjunto de veículos entre países. “Muitas fabricantes estão revendo suas estratégias”, disse Leite, enfatizando que as medidas de Trump têm impactos indiretos no Brasil. A incerteza nos mercados globais se reflete no Brasil, e isso é prejudicial para o setor automotivo.
Impactos no Setor Automotivo Brasileiro
Leite comentou sobre as tarifas de Trump sobre aço e alumínio, que podem gerar excesso de oferta e reduzir preços. No entanto, ele não vê vantagens para o setor no médio prazo. A medida pode levar ao desligamento de altos-fornos nas siderúrgicas, o que representa um risco significativo.
O presidente da Anfavea destacou a importância de uma cadeia produtiva forte. “Acreditamos em montadoras fortes no Brasil se todos os elos da cadeia estiverem fortes”, afirmou. Desativar um alto-forno pode ser irreversível, e o custo de reativação é quase o mesmo de construir uma nova planta. Isso ameaça a capacidade de produção e a competitividade do Brasil.
O desenvolvimento de veículos é um esforço global. Quando há incertezas nos mercados, isso afeta o Brasil. “A pior palavra para o setor automotivo é incerteza”, concluiu Leite. A guerra comercial automotiva traz desafios significativos para o setor, e a Anfavea está atenta a essas mudanças.
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